São Paulo, janeiro de 2024 — O início de cada ano provoca reflexões e inspira as pessoas a reavaliar suas prioridades para o próximo ciclo. Isso fica evidente nos resultados da última edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH), que revela que 50% dos trabalhadores pretendem procurar um novo emprego em 2024.
As seguidas quedas nas taxas de desemprego, especialmente entre os profissionais qualificados, aqueles com 25 anos ou mais e ensino superior completo, proporcionaram maior protagonismo para os trabalhadores em suas relações profissionais. Segundo dados da Pnad, o índice de desemprego qualificado foi de 3,3% no terceiro trimestre de 2023. No comparativo com o mesmo período do ano anterior, a taxa está 0,5 ponto percentual mais baixa.
“Nos últimos anos, testemunhamos uma completa mudança de prioridades e esse desejo por movimentação profissional é reflexo disso. Vale a pena observar que atingimos o menor índice de desemprego desde 2015. A confiança dos profissionais reflete as condições do mercado”, analisa Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half América do Sul.
O mundo está passando por um movimento significativo de profissionais em busca de oportunidades mais alinhadas aos seus perfis e momentos de vida. Para esclarecer o propósito da intenção de mudança, 64% dos entrevistados expressaram o desejo de trocar de empresa, mas permanecer na área de trabalho atual, enquanto 36% gostariam de explorar um novo campo, setor ou profissão.
Para mudar de empresa
| Para mudar de área de atuação, segmento ou profissão
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Melhores oportunidades de crescimento
| Realização pessoal
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Salário mais alto
| Salário mais alto
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Novos desafios
| Qualidade de vida
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Benefícios mais atrativos
| Aprender algo novo
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Trabalho remoto ou híbrido
| Mais flexibilidade
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(Fonte: 26ª edição do Índice de Confiança Robert Half)
Mantovani destaca que, para se manter atrativas e competitivas nesse cenário, o desafio é diário, e as empresas devem investir em políticas claras de trabalho, na transparência das lideranças, além de bons pacotes de benefícios e remuneração, condizentes com as médias praticadas pelo mercado, que podem ser consultadas no Guia Salarial 2024 da Robert Half.
Em paralelo, o termo “job hopping” vem ganhando destaque fora do Brasil e representa essa movimentação profissional constante, que, historicamente, aciona um sinal de alerta para as empresas. Esses profissionais foram apelidados de “job hoppers” e estão em alta em vários países.
Depende do contexto e das razões para as mudanças
| 69%
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Preocupo-me com a falta de estabilidade
| 55%
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Acredito que pode indicar dificuldade de adaptação
| 46%
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(Fonte: 26ª edição do Índice de Confiança Robert Half)
"Não temer o novo e buscar pela realização profissional nunca será avaliado como algo negativo, muito pelo contrário. O mercado de trabalho está se transformando e, para além do tempo de permanência em cada oportunidade, o que ganha relevância é a demonstração dos aprendizados e conquistas de cada experiência. Entretanto, a carreira precisa ser encarada de forma estratégica e aqueles profissionais ‘pula-pula’ que não souberem justificar bem as mudanças ainda podem ser malvistos pelo mercado”, alerta o executivo da Robert Half.
Ao analisar outro recorte, é possível observar que o sentimento de otimismo está mais presente entre os profissionais desempregados. Segundo o levantamento, 36% deles estão confiantes em conquistar a recolocação nos próximos seis meses, um acréscimo positivo de 3 pontos percentuais na comparação com o último ICRH.
“De fato, o cenário é promissor para os candidatos atentos às novas demandas das empresas, que concorrem de forma acirrada pelos melhores talentos do mercado. Considerando que as pessoas representam o principal ativo de uma organização, recomendo aos gestores a adoção de um olhar estratégico para não correr o risco de valorizar profissionais importantes para o negócio somente na iminência de perdê-los”, conclui Mantovani.
A 26ª edição do ICRH é resultado de uma sondagem conduzida pela Robert Half com base na percepção de 1.161 profissionais, igualmente divididos em três categorias: recrutadores (profissionais responsáveis por recrutamento nas empresas ou que têm participação no preenchimento das vagas); profissionais qualificados empregados; e profissionais qualificados desempregados (com 25 anos ou mais e formação superior).
É a primeira e maior empresa de soluções em talentos no mundo. Fundada em 1948, a empresa opera no Brasil selecionando profissionais permanentes e para projetos especializados nas áreas de finanças, contabilidade, mercado financeiro, seguros, engenharia, tecnologia, jurídico, recursos humanos, marketing e vendas e cargos de alta gestão. Com presença global e atuação na América do Norte, Europa, Ásia, América do Sul e Oceania, a Robert Half aparece em listas das empresas mais admiradas do mundo. A Robert Half é reconhecida, também, por seu compromisso de promover a igualdade e proporcionar uma cultura que apoia a diversidade.