Uma tendência crescente é a adoção de novos formatos de contratação e trabalho para os profissionais 50+. De acordo com a pesquisa, 88% das empresas que experimentaram essas iniciativas relataram estar satisfeitas ou parcialmente satisfeitas com os resultados. Esses novos formatos incluem a contratação afirmativa de profissionais mais velhos, modelos de trabalho part-time e funções projetadas especificamente para aproveitar as soft skills desses trabalhadores.
Um case de sucesso é o programa de contratação afirmativa da Unilever, que visa incluir talentos seniores em suas operações. A empresa percebeu que a experiência e a estabilidade emocional desses profissionais eram elementos valiosos para funções de atendimento ao cliente e gestão de projetos. Esse tipo de iniciativa não apenas ajuda na inclusão, mas também melhora a produtividade e o clima organizacional.
A criação de ambientes que promovam a colaboração saudável entre diferentes gerações é outro ponto crucial. A pesquisa revelou que 68% das empresas enfrentam dificuldades na colaboração entre gerações. Para enfrentar isso, as organizações podem adotar programas de mentoria, nos quais os profissionais mais experientes compartilham suas habilidades e conhecimentos com os mais jovens.
“O maior erro que as empresas cometem é pensar que basta ter diferentes gerações na mesma equipe para promover diversidade. O que realmente importa é criar espaços onde essa diversidade possa florescer”, destaca Serapião. Ele ainda explica que, para isso, é necessário oferecer treinamento e criar políticas que incentivem o respeito e a troca de ideias entre as gerações.
Além de programas de mentoria, as empresas podem investir em dinâmicas de grupo e atividades que incentivem a convivência entre profissionais de diferentes idades. Isso não apenas melhora o engajamento, mas também ajuda a quebrar estereótipos relacionados à idade.
Enfrentar o etarismo e promover a diversidade geracional não é apenas uma questão de inclusão social, mas uma estratégia empresarial poderosa para impulsionar a inovação, a produtividade e a competitividade. Medir, entender e adaptar as práticas organizacionais para incluir profissionais 50+ deve ser uma prioridade para empresas que desejam se destacar em um mercado cada vez mais dinâmico e desafiador.
“O profissional mais velho é que é a novidade. E é uma novidade que deve ser considerada seriamente se quisermos aproveitar todo o potencial que essa força de trabalho pode oferecer”, explica Serapião. A inclusão geracional, quando feita de maneira estratégica e consciente, consegue transformar empresas e prepará-las para os desafios do futuro.