Guia Salarial 2025: um bate-papo sobre as principais tendências do mercado

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O Guia Salarial 2025 da Robert Half acaba de ser lançado, oferecendo insights preciosos para profissionais e empresas entenderem o cenário de remuneração, expectativas e os principais fatores que influenciam movimentações de carreira. No mercado de trabalho em constante evolução, o guia não é apenas uma referência de salários, mas também um material estratégico para quem busca se posicionar de forma competitiva. Ele fornece dados atualizados sobre salários, benefícios e skills mais demandadas em várias áreas e regiões do Brasil, alinhando as tendências globais às realidades locais. “É um material que não apenas profissionais, mas também empresas esperam ansiosamente para ajudar no planejamento de carreira, contratações e muito mais”, explica Larissa Fraga, consultora da Robert Half, destacando que o guia é uma ferramenta essencial para o mercado. Guia Salarial da Robert Half: No guia você encontra a mais completa pesquisa salarial e um estudo sobre tendências de contratação no mercado brasileiro.
Os profissionais e empresas estão cada vez mais atentos às condições de trabalho além do salário. Benefícios voltados ao bem-estar e à qualidade de vida, como o home office, têm ganhado espaço nos pacotes oferecidos pelas empresas. Esse aspecto foi especialmente realçado pela pandemia, que trouxe novas perspectivas sobre o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Segundo Maria Sartori, diretora associada da Robert Half, “hoje o Brasil é o segundo país com maior índice de burnout do mundo. Cerca de 40% dos profissionais brasileiros sofrem de algum tipo de mal-estar voltado à saúde mental.” Esse dado ressalta a necessidade de benefícios não financeiros, como assistência psicológica e políticas de flexibilidade, que priorizem o bem-estar do colaborador. Além disso, Lucas Nogueira, diretor associado da Robert Half, comenta que esses benefícios já fazem parte das demandas nas negociações de trabalho. “A questão dos benefícios é cada vez mais evidente. Em determinados setores, como o agronegócio e a tecnologia, um bom pacote de saúde e previdência privada pode ser determinante na decisão de aceitar ou não uma proposta de emprego.” Leia também: Benefícios financeiros e incentivos não financeiros: muito além do salário
Outro ponto de destaque do guia é a questão salarial propriamente dita. Lucas Nogueira compartilhou um dado relevante: “Um a cada quatro profissionais no Brasil mudaria de emprego por um aumento de 35% no salário, enquanto em outros países esse percentual gira em torno de 20%.” Isso demonstra que, no Brasil, o salário ainda é uma razão forte para mudanças de emprego, especialmente para posições que demandam alta qualificação, mas está longe de ser o único fator decisivo. Müller Gomes, consultor da Robert Half, aponta uma realidade interessante sobre a negociação salarial: “Salário não é a única coisa que define uma movimentação. Os profissionais também consideram aspectos como projeção de carreira, localização e outros benefícios.” Ele exemplifica que mesmo uma oferta com aumento inferior aos 35% pode ser atrativa se atender a outros fatores valorizados pelo profissional, como localização e ambiente de trabalho. Assim, o guia salienta que, embora o salário seja importante, fatores não monetários também são decisivos.
O Guia Salarial 2025 também traz uma análise das habilidades mais procuradas no mercado. Uma mudança notável em relação aos anos anteriores é a demanda crescente por conhecimento em inteligência artificial (IA). “Em todos os setores, desde o agronegócio até a consultoria, a inteligência artificial surgiu como uma ferramenta cada vez mais requisitada”, menciona Lucas Nogueira. Ele ainda complementa que, além da IA, o inglês continua sendo essencial para cargos mais elevados, o que mantém essa habilidade no topo das exigências de mercado. Em relação às soft skills, a inteligência emocional é uma das competências mais valorizadas atualmente. O mercado está exigindo profissionais capazes de lidar com a pressão e as incertezas do cenário macroeconômico. Segundo Lucas, “ter uma inteligência emocional acurada é crucial, principalmente nesses momentos mais desafiadores.” Já Maria Sartori complementa que a inteligência emocional é fortemente ligada ao autoconhecimento e que isso se reflete na busca por benefícios de bem-estar, como acesso a terapias e programas de saúde mental oferecidos pelas empresas. Leia também: Bônus de contratação: quando e como usá-los na atração de talentos  
A pandemia também trouxe à tona uma mudança importante nas prioridades dos profissionais. De acordo com os dados do guia, 58% dos profissionais brasileiros hoje consideram a estabilidade tão importante quanto o salário. Maria Sartori compartilhou que a segurança no emprego se tornou uma prioridade para muitos: “Hoje, apenas 12% dos profissionais colocam a questão salarial acima da estabilidade e segurança no trabalho.” Esse é um indicativo claro de que, para muitos, um bom ambiente e a segurança de estar em uma empresa sólida são tão relevantes quanto o ganho salarial..
Com a rápida evolução do mercado, é comum que profissionais fiquem atentos aos valores de referência do setor em que atuam. O guia traz uma visão abrangente sobre a diferença de remuneração entre regiões, setores e níveis de cargo. Mário Custódio, diretor associado da Robert Half, explica que, no caso dos executivos de C-Level, por exemplo, o salário é apenas parte do pacote de compensação. “Executivos normalmente consideram outros incentivos de longo prazo, como ações, bônus de retenção e benefícios diferenciados, o que amplia o comparativo total de remuneração.” Müller Gomes acrescenta que, na hora de negociar aumentos, é essencial que o profissional tenha uma visão clara sobre as suas entregas e sobre o que é esperado do seu cargo. Ele aconselha: “Mais do que olhar para fora, o profissional deve olhar para dentro, para o que está entregando e como isso atende às expectativas da empresa. Transparência e diálogo com o gestor são essenciais para construir uma relação de confiança que pode levar ao reconhecimento e, eventualmente, a um aumento.”
O guia aborda ainda uma questão que é frequentemente levantada no mercado: como negociar salários em situações de desemprego. Mário Custódio compartilha que muitos profissionais acreditam que estar desempregado reduz seu poder de barganha, mas alerta que essa situação não deve ser determinante. “O desemprego não deveria, em hipótese alguma, diminuir o valor do salário na busca por uma nova oportunidade,” enfatiza. Empresas que contratam profissionais a um valor muito abaixo da média podem perder talentos rapidamente, uma vez que esses colaboradores tendem a migrar quando surgem oportunidades que ofereçam maior compatibilidade salarial.
O Guia Salarial 2025 representa uma evolução em relação a edições passadas, não apenas no conteúdo, mas também na forma como está disponível. Larissa Fraga relembra: “O guia já foi um grande patacão de papel que ia para os escritórios dos clientes. Hoje, é um link dinâmico e interativo, onde é possível navegar intuitivamente e encontrar as respostas de que você precisa.” Isso mostra como a Robert Half se adapta às transformações digitais, oferecendo um recurso acessível e atualizado. O guia se tornou, de fato, um recurso indispensável tanto para empresas quanto para profissionais que desejam entender as expectativas do mercado e se posicionar de forma competitiva. Ele permite que as empresas alinhem suas práticas de remuneração e benefícios com as exigências atuais, ajudando a reter talentos e a atrair os melhores profissionais. Para os colaboradores, oferece uma visão clara sobre como suas habilidades e experiência se traduzem em valor de mercado, permitindo negociações mais informadas e alinhadas com suas metas de carreira. O Guia Salarial 2025 da Robert Half reafirma seu papel como uma bússola para o mercado de trabalho no Brasil, refletindo as mudanças e as demandas do presente enquanto aponta tendências para o futuro.  
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